Lemoine HOARAU J.C. - INITIATION A LA BOSSA-NOVA + CD - GUITARE
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A Bossa Nova surgiu no Rio de Janeiro durante os anos cinquenta. Ela nasceu do casamento dos ritmos tradicionais do samba com as harmonias elaboradas do jazz daquela época. Embora muitos músicos tenham contribuído para sua "gestação", os fundadores são principalmente o pianista-compositor Antonio Carlos Jobim e o cantor-violonista João Gilberto. Popularizada na França graças ao filme Orfeu Negro de Marcel Camus, a Bossa Nova rapidamente deu a volta ao mundo, especialmente através das gravações de A.C. Jobim com João Gilberto e o saxofonista Stan Getz. Descrita pelo próprio A.C. Jobim como "a versão branca e suave do Samba", ela é o lado sofisticado e muito "cool" do samba, antes de tudo música de dança e carnaval. Mas as bossas são sambas... Portanto, pode-se usar os mesmos ritmos, tocados de uma maneira mais repetitiva, mais suave, sobre melodias e harmonias mais elaboradas. Os violonistas brasileiros criaram desde os anos 20 uma maneira específica de acompanhar as canções. Como em outros estilos sul-americanos, o violão (e portanto a mão direita) deve antes de tudo ser considerado como uma "percussão harmonizada" (diz Toquinho, um dos grandes violonistas do gênero). O estilo sem dúvida se elaborou a partir da osmose do violão com as percussões. No Samba, música binária em 2 tempos, o surdo (uma espécie de tambor grande) toca os tempos (um golpe fechado e breve, depois um golpe aberto, longo e grave). No violão, seu papel será desempenhado pelo polegar. Os dedos da mão direita reproduzirão, por sua vez, principalmente os ritmos do tamborim (pequeno tambor manual, que se bate com uma baqueta) ou dos agogôs (compostos por dois sinos de metal, ligados entre si, e afinados na quarta). O pandeiro, ou "tambor de basca" em francês, e o ganzá (shaker), criam o elo entre a regularidade do surdo e a liberdade rítmica do tamborim ou dos agogôs, tecendo um tapete de semicolcheias acentuadas. N.B.: No Brasil, a palavra Samba é masculina... Na França, fala-se mais voluntariamente da Samba para a dança, e do Samba para a música. No CD, as faixas são tocadas primeiro em formação completa (tema, violão de acompanhamento, baixo, bateria), depois sem o tema, depois sem o violão de acompanhamento. O aluno poderá assim trabalhar a música em sua continuidade, tocando sua parte várias vezes, até estar acompanhado apenas pelo baixo e pela percussão.
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