Corpus volubilis é uma homenagem ao corpo, aos seus movimentos, às suas ingravidezes. Foi escrito nos últimos anos, durante minhas longas turnês de concertos pelos quatro cantos do mundo, e durante o confinamento de abril de 2020.
Neste primeiro livro, encontrará vinte peças de dificuldade média, a maioria inspirada na dança, como Sarabande, Valse lente e Rumba. Odette faz referência ao Lago dos cisnes, Sama aos dervixes rodopiantes. Avant-deux e Roum estão ligados à dança bretã (uma piscadela às minhas origens), Awa Odori e Buto à dança japonesa, Soko guineense, Ezpata-dantza basca.
Em Ubud, comuna de Bali, realiza-se um dos grandes festivais de arte indonésia. Faune agradece a Debussy, Vaudou ao Caribe. Quanto à minha Morte do cisne, ela presta homenagem ao balé clássico de mesmo nome. Meu cisne, por sua vez, carece de elegância. Sem tutu, morre feio e desajeitado.
Cada peça é dedicada a um amigo querido. Em breve, seguirá um segundo livro!
Alexandre Tharaud