Lemoine DUFOURT HUGUES - ON THE WINGS OF THE MORNING - CONDUCTEUR
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Lemoine DUFOURT HUGUES - ON THE WINGS OF THE MORNING - CONDUCTEUR
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Criação 30/11/2012 - Colônia (Alemanha), Philharmonie - Nicolas Hodges (piano), WDR sinfonieorchester Köln, Ilan Volkov (direção)
Encomendador Westdeutscher Rundfunk Köln
Dedicação a Nicolas Hodges
Nota O título deste concerto é emprestado da obra clássica da arqueóloga e filóloga americana Emily Dickinson Townsend Vermeule, Aspects of Death in Early Greek Art and Poetry (1979). O capítulo V intitula-se: "On the Wings of the Morning: the Pornography of Death". Trata-se de casos de morte súbita, desaparecimentos repentinos, do rapto dos machos por alguma mulher-pássaro ou mulher-leão - Harpias, Esfinges ou Sereias -, criaturas monstruosas cujo fascínio é fatal. Os adoradores de Dionísio frequentemente notaram a facilidade e a graça provocante dessas sedutoras que um gesto de brusca selvageria aproxima, no entanto, da pantera. Para a vítima deslumbrada, o voo rumo ao cume culmina em um abraço funesto. Uma batida de asas, uma pilha de ossos, tal é o quadro da "pornografia da morte". On the wings of the morning é uma alusão às incertezas do tempo presente, às suas Fúrias modernas. Este concerto para piano não busca o efeito pitoresco e não tem caráter ilustrativo. A evocação das "bacantes do Hades" é simplesmente a ocasião de uma fantasmagoria do crepúsculo onde as sombras brincam nas superfícies esticadas. A orquestra comporta-se como uma massa tumultuosa cuja dinâmica conflituosa é dominante. A associação das seções de clarinetes e trombones, concebida como um material paradoxal, dá o tom geral à obra: presenças amargas, prosaísmo lúgubre, abóbadas sem eco. O tempo não é mais que um emaranhado de momentos transitórios. O pianista encontra-se na situação do condenado dos Palmiers Sauvages de Faulkner, condenado a remar no Mississippi em cheia. O Dilúvio, as aparições demoníacas, o vento, o frio fazem parte do seu cotidiano. Sua tarefa é conviver com os abismos. O espírito deste piano não é nem construtivista nem combinatório. É um espírito de sobrevivência, concentrado na intensificação do material e na plasticidade do movimento. Encomenda da Westdeutscher Rundfunk de Colônia, este concerto para piano e grande orquestra é dedicado a Nicolas Hodges.